Piracicaba / SP - sexta-feira, 29 de março de 2024

Blefaroespasmo e toxina botulínica

      As distonias faciais mais freqüentes são o blefaroespasmo e o espasmo hemifacial. O blefaroespasmo é uma afecção adquirida das pálpebras, caracterizada por contrações tônicas espasmódicas do músculo orbicular, prócerus e corrugador dos supercílios. O blefaroespasmo  foi considerada durante muito tempo como uma manifestação de natureza psiquiátrica.sendo que atualmente está sendo vista como uma doença orgânica neurológica, com alterações no gânglio da base.

      O Blefaroespasmo surge principalmente em mulheres acima de 50 anos e geralmente é bilateral, sendo o quadro clínico progressivo, com aumento da freqüência de piscar e do tempo de oclusão palpebral durante o piscar, levando a dificuldades nas atividades diárias e até quadro de cegueira funcional.

     O blefaroespamos se difere do espasmo hemifacial pois esta doença também é  caracterizada pela contração involuntária e intermitente dos músculos da face mas  geralmente é unilateral e está  presente mesmo durante o sono.

    A toxina botulínica tem sido o tratamento de escolha e benéfico para o tratamento de blefaroesmpasmo. Quanto a dose aplicada  é 12,5 unidades de toxina botulínica  tipo A (Botox®)  ao redor de cada olho, 2,5 unidades por ponto de aplicação ( diluição da toxina:100 U/4 ml de soro fisiológico, com injeção de 0,1ml por sítio ) ou o Dysport (500U) sendo a diuição de uma ampola por 2,5 ml de soro fisiológico com injeção de 0,1ml por sitio. As injeções foram aplicadas na musculatura orbicular, na região imediatamente superior ao supercílio e na pálpebra inferior. No caso do espasmo hemifacial, também outros sítios são aplicados, conforme a necessidade de cada paciente.

    

Fontes - www.bireme.org

Botulinum toxin A in the treatment of blepharospasm: a 10-year experience Silveira-Moriyama, Laura; Gonçalves, Lilian R; Chien, Hsin Fen; Barbosa, Egberto RArq Neuropsiquiatr; 63(2a): 221-224, jun. 2005. ilus, graf.

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