As distonias faciais mais freqüentes são o blefaroespasmo e o espasmo hemifacial. O blefaroespasmo é uma afecção adquirida das pálpebras, caracterizada por contrações tônicas espasmódicas do músculo orbicular, prócerus e corrugador dos supercílios. O blefaroespasmo foi considerada durante muito tempo como uma manifestação de natureza psiquiátrica.sendo que atualmente está sendo vista como uma doença orgânica neurológica, com alterações no gânglio da base.
O Blefaroespasmo surge principalmente em mulheres acima de 50 anos e geralmente é bilateral, sendo o quadro clínico progressivo, com aumento da freqüência de piscar e do tempo de oclusão palpebral durante o piscar, levando a dificuldades nas atividades diárias e até quadro de cegueira funcional.
O blefaroespamos se difere do espasmo hemifacial pois esta doença também é caracterizada pela contração involuntária e intermitente dos músculos da face mas geralmente é unilateral e está presente mesmo durante o sono.
A toxina botulínica tem sido o tratamento de escolha e benéfico para o tratamento de blefaroesmpasmo. Quanto a dose aplicada é 12,5 unidades de toxina botulínica tipo A (Botox®) ao redor de cada olho, 2,5 unidades por ponto de aplicação ( diluição da toxina:100 U/4 ml de soro fisiológico, com injeção de 0,1ml por sítio ) ou o Dysport (500U) sendo a diuição de uma ampola por 2,5 ml de soro fisiológico com injeção de 0,1ml por sitio. As injeções foram aplicadas na musculatura orbicular, na região imediatamente superior ao supercílio e na pálpebra inferior. No caso do espasmo hemifacial, também outros sítios são aplicados, conforme a necessidade de cada paciente.
Fontes - www.bireme.org
Lacrimal film evaluation of patients with facial dystonia during botulinum toxin type A treatment]
Costa PG; Cardoso IP; Saraiva FP; Raiza AC; Tanaka LK; Matayoshi SArq Bras Oftalmol; 69(3): 319-22, 2006 May-Jun.